Financiamento imobiliário em tempos de coronavírus

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A carência é uma das facilidades do mercado para incentivar o financiamento imobiliário em tempos de coronavírus (Imagem: jcomp/Harryarts/Freepik)


Hábitos sociais, sistema de saúde, educação, mercado de trabalho... A lista do que passa por mudanças diante da pandemia provocada pelo Covid-19 é longa, tanto que há quem diga que o mundo nunca mais será o mesmo.

Ainda é cedo para afirmar isso, mas o que podemos ter certeza é que os impactos já são sentidos, inclusive nos financiamentos imobiliários em tempos de coronavírus.

Eles continuam, mas também sofrem alterações. E algumas delas são boas notícias para o consumidor!

Se você quer saber mais sobre como funciona o financiamento clique aqui.


Afinal, quais as mudanças no financiamento imobiliário em tempos de coronavírus?

Grandes bancos já anunciaram, por exemplo, a possibilidade de renegociar contratos e aumentar o prazo de operações de crédito ou até de adiar o pagamento de prestações nesse período.

Uma das instituições que mais propôs medidas é a Caixa Econômica Federal, que promete:

  • Pausa na cobrança de parcelas de financiamentos por até quatro meses, sem multas ou juros adicionais;
  • Possibilidade de pagamento parcial das prestações, por 90 dias, para clientes com até dois meses de atraso;
  • Liberação antecipada de até duas parcelas, sem vistoria, para clientes que constroem com o financiamento do banco;
  • Renegociação de contratos com clientes em atraso (61 e 180 dias), permitindo pausa ou pagamento parcial das prestações.

Porém, as boas notícias não são apenas para quem já fez um financiamento. Afinal, os incentivos para atrair novos investidores estão em alta!

O que o mercado está fazendo para facilitar a compra de imóveis em 2020?

O momento atual exige cautela, mas se a sua situação financeira está equilibrada, não adie o sonho da casa própria. Sempre há possibilidade de fazer um bom negócio!
Para te mostrar que isso é verdade, listamos abaixo as principais facilidades de fazer um financiamento imobiliário em tempos de coronavírus.
Confira!

1. Carência para novos contratos

Se você comprar uma casa ou um apartamento novo agora, pode ter até seis meses para pagar a primeira prestação.
Essa condição é oferecida pela Caixa, porém outros bancos também anunciaram carências para o crédito imobiliário.
As propostas têm regras diferentes e variam entre financiamentos já contratados e novos, mas os prazos podem chegar a:


2. Taxa de juros reduzida

Outra coisa que facilita o financiamento imobiliário em tempos de coronavírus é a baixa da Selic.
Selic, ou Sistema Especial de Liquidação e Custódia, é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela influencia todos os sistemas de juros do país, inclusive os das instituições responsáveis pelos financiamentos.
E como isso acontece?
É o seguinte: a redução da Selic diminui o custo de captação dos bancos. Então, eles tendem a repassar essa queda aos clientes, trabalhando com juros menores e ampliando o acesso ao crédito.
Por outro lado, com a Selic em alta, os custos das instituições financeiras aumentam e, consequentemente, o crédito encarece.
O Copom, o Comitê de Política Monetária, é o órgão do Banco Central responsável por calcular a Selic. Ele tem reduzido a taxa desde o ano passado.
Em 2020, porém, essa redução atingiu um novo recorde: a Selic chegou a 3%.
E a tendência é de nova queda na Selic e, com isso, espera-se também a diminuição dos juros bancários.
Você pode acompanhar a Selic na página do Banco Central, na qual também encontra as taxas de juros dos maiores bancos do país.

3. Financiamento atrelado ao IPCA

Essa modalidade de financiamento imobiliário foi disponibilizada em 2019 pela Caixa e, em tempos de coronavírus, pode ser uma boa opção para comprar um imóvel.
Antes de entender como ela funciona, você precisa compreender o que é o IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor.
Ele é o indicador oficial da inflação no Brasil. É medido mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para analisar a variação de valores no comércio e, assim, indicar o aumento dos preços de produtos e serviços.
Porém, o IPCA também pode indicar deflação, ou seja, uma queda nos preços.
E foi exatamente isso revelou o último índice divulgado, em abril, quando o IPCA registrou deflação de 0,31%, a menor variação desde agosto de 1998.
Agora, vamos falar sobre o financiamento atrelado ao IPCA!
Ele tem taxas que variam acordo com o relacionamento do cliente com a Caixa e com o setor em que esse cliente trabalha (público ou privado). Confira a tabela.
Dessa maneira, os juros oscilam entre 2,95% e 4,95% ao ano mais a inflação, que é medida pelo IPCA. Então se a deflação for mantida, os juros e o custo desse financiamento vão diminuir.

Além disso, essa linha de crédito tem prazo de até 360 meses e permite financiar até 80% do valor do imóvel.
Não é um bom negócio?
E vale lembrar ainda que os salários também são corrigidos pelo IPCA, o que mantém seu poder de compra!

Quanto custa fazer um financiamento imobiliário em tempos de coronavírus?

Você viu que não faltam facilidades para comprar um imóvel neste momento, não é verdade?
Porém, se mesmo assim está inseguro, que tal calcular o “preço” do financiamento para garantir que pode investir na casa própria?

Primeiro vale lembrar que existem 2 regras básicas para o financiamento:

1. o valor de entrada deve ser de, no mínimo, 20% do valor do imóvel (o Santander está aceitando 10% sob condições especiais);
2. as parcelas não podem comprometer mais de 30% da sua renda familiar (lembre-se, a renda pode ser composta por outra pessoa que vá morar no imóvel).

Como a renda é composta? É a formação dos rendimentos de todos os integrantes da família que irão morar no imóvel. Mas atenção! A renda será composta apenas pelos envolvidos que irão residir no imóvel.

Pra ficar claro, veja abaixo a tabela com exemplos de Financiamento na modalidade IPCA + relacionamento Caixa para o período de 360 meses:



Para fazer uma simulação e descobrir qual valor de imóvel você consegue comprar, acesse gratuitamente nosso Simulador de Financiamento.


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